23 abril 2011

Colecção de Contos Eróticos do Dr. Osvaldo

Diz que me amas!
Cheguei a casa já o sol ameaçava nascer. Ele continuava ali, prostrado no sofá, a absorver um qualquer jogo de futebol antigo que tinha gravado no velho VHS. O mesmo jogo que estava a ver quando saí de casa para ir dançar com as amigas. Assim pensava ele.
 Recebeu-me com um beijo chocho nos lábios. Avancei na sua direcção, tirei a roupa e sentei-me no seu colo. Ele ainda tentou desviar o olhar para a televisão, como se o jogo fosse importante, mas não resistiu ao calor do meu envolvente abraço. Beijei-o com a vontade que nunca tive.
Rodopiamos no sofá e senti a língua dele a tentar encontrar o meu clítoris. Impaciente rebentou o fino pedaço de pano que unia a minha tanguinha e pode finalmente abocanhar-me. Oh Deus como eu gostava daquela língua a lamber-me.
 Judiei dele esforçando-me para me conter no primeiro orgasmo para que ele não parasse até eu me vir pela segunda vez. Aí sim gemi de prazer e apertei as pernas contra a cabeça dele obrigando-o a parar. Cheguei ao terceiro penetrada por trás. Mas porque estúpida razão só me vinha com este homem que já não amava. E porque razão insistia para que ele mo dissesse?
Cavalgava-o com violência quando uma lágrima desceu a minha face. Que foi? – Perguntou ele. Respondi um seco “Nada” como se com tanta cumplicidade ele pudesse acreditar. Lendo-me com uma facilidade assustadora disparou: Estiveste a fornicar com outro! Anui com a cabeça irritada com a vulgaridade do termo. Impávido, surpreendeu-me com um “E vieste-te?” Aquele desprezo emocional era atroz.
- Não! Só me venho contigo, diz que me amas!
- Que te amo? Mas como nos podemos amar se nos continuamos a magoar desta maneira?
Chorei desalmadamente quando atingimos o êxtase. Ele limpou-se a um pano do pó esquecido no chão e continuou a ver o jogo.

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